Não decoro mágoas, nem as guardo como recompensa para outras brigas.
Sou de uma ventania simplificada de mim mesma, agrado tanto que firo, e firo mesmo querendo agradar. Choro tanto que saio rindo pela avenida, e ri jamais será um ponto forte pra mim. Eu que tive mil razões pra desacreditar no amor. Hoje tenho mil e uma razões. A última você me deu. Grata.
Hoje me sinto exatamente como esse papel de parede. Seca, sozinha, vazia, sem graça. Algo como - chove agora ou depois? -
E por mais que eu tenha um dia inteiro de coisas boas, algo sempre me faltará. E a ti também, enquanto a saudade existir.
Me disseram uma vez que é natural perder as pessoas, pois eu vos digo uma máxima pra vida inteira: perder não é algo que você possa agradecer.
E nunca vai ser.
Demora pra entender que nada vai ser como você imagina. Demora. E pra falar a verdade, eu quero que demore mais ainda. Sem meus sonhos, quem eu seria?
Prefiro dormir com a esperança, e acordar com a fé. Do que ser uma simples humaninha de merda desacreditada no possível. Ouse. Arrisque. As vezes vale a pena, as vezes não.
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